Medida aumenta cobertura e beneficia pacientes de leucemia aguda, linfoma e câncer de fígado e mama Recursos adicionais também serão usados para reajustar valor pago aos hospitais que realizam radioterapia DE BRASÍLIA Nove tratamentos novos para câncer de fígado e de mama, leucemia aguda e linfoma foram incluídos no SUS (Sistema Único de Saúde). A medida, reivindicada por sociedades médicas, foi anunciada ontem como parte de um pacote para oncologia do Ministério da Saúde. No total, serão R$ 412 milhões a mais para a área, um aumento de 25% em relação ao orçamento atual. No Brasil, atualmente, 300 mil pacientes estão em tratamento contra o câncer. Entre os medicamentos que serão incluídos está o Rituximabe (nome comercial Mabthera), usado no tratamento do linfoma, tipo de câncer que acometeu a candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT), em 2009. Após fazer o tratamento em hospital privado, a candidata está livre da doença, como mostraram exames realizados recentemente. Além da inclusão de novos procedimentos, os recursos adicionais para oncologia serão usados também no reajuste do valor pago pelo SUS aos hospitais que realizam serviços de radioterapia. Um dos principais objetivos da medida é ampliar o número de locais que oferecem o procedimento, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Reportagem da Folha publicada em 2008 mostrou que cerca de 50 mil pessoas estavam na fila para o tratamento. Não existem dados sobre a situação atual. RECURSOS Outra medida anunciada é a ampliação do atendimento em hospitais-dia, regime diário de internação que poderá agilizar o tratamento de pacientes com leucemia. O ministro José Gomes Temporão (Saúde) negou que o fato de os anúncios terem sido feitos só agora tenha alguma relação com a proximidade das eleições. Ele afirmou que apenas agora o ministério conseguiu obter os recursos necessários para implantar as medidas. Ressaltando não ter tido acesso ao pacote anunciado pelo ministério, o presidente da SBC (Sociedade Brasileira de Cancerologia), Roberto Fonseca, afirmou que é louvável o aumento do número de procedimentos e dos recursos financeiros disponíveis para a radioterapia. Por outro lado, ele avalia que o principal desafio do Brasil na área é ampliar o acesso a serviços básicos de diagnóstico. (ANGELA PINHO) Fonte: Folha de São Paulo – 26.08.2010

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