Milena Crestani Há cerca de um mês, os tomógrafos do Hospital Regional (HR) e do Hospital Universitário (HU) de Campo Grande não estão funcionando. Os problemas motivaram a Secretaria Municipal de Saúde pública (Sesau) a abrir licitação para credenciar empresas para prestarem o serviço na cidade. A secretaria já possui parcerias com os hospitais públicos para realizar os exames em pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) na Capital. Ontem, no entanto, foi publicada no Diário Oficial de Campo Grande a abertura de licitação para credenciamento de novas empresas que oferecem o serviço. O diretor-executivo da Sesau, Salim Cheade, afirma que a necessidade de contratar mais empresas não ocorre apenas por conta do defeito no equipamento nos dois hospitais. “Temos um aumento real na demanda de pacientes que precisam realizar tomografia na Capital”, diz. No Hospital Regional são realizados, em média, 600 exames de tomografia por mês, sendo aproximadamente 300 para pacientes encaminhados pela Secretaria Municipal de Saúde Pública. Já no Hospital Universitário, a média é de 250 tomografias mensais. A responsável pela Coordenadoria de Controle e Avaliação de Serviços em Saúde, Maria Anízia Franthi Nunes, afirma que há uma demanda de pelo menos 50 pacientes por semana esperando para realizar tomografias na rede pública de saúde da Capital. Atualmente, os pacientes são encaminhados para a Santa Casa. “O hospital não tem como atender a todos os casos”, afirma. Neste ano, a Sesau chegou a firmar um contrato em caráter emergencial para realizar os exames em uma clínica particular. No entanto, o prazo máximo para que o contrato fosse realizado expirou e houve necessidade de licitação. ”A secretaria está tendo outros meios legais para contratar o serviço de tomografia”, afirma. Reparos Os dois hospitais que estão com os tomógrafos com defeito esperam sanar os problemas ainda nesta semana. Em ambos os casos, foi necessário adquirir peças e chamar técnicos de outros Estados para consertar as máquinas. O presidente da Fundação de Saúde, José Roberto Almires da Silva, responsável pelo HR, afirma que o defeito ocorreu no tubo de imagem do tomógrafo. A previsão é de que ainda hoje a nova peça já esteja em Campo Grande. “A dificuldade é porque há apenas um fornecedor para a peça e o técnico da empresa é quem precisa fazer o reparo”, afirma Silva. Ele informou que o conserto foi agendado para amanhã (16). O diretor-administrativo do HU, Cláudio Silva, acredita que o tomógrafo esteja funcionando ainda hoje. “O técnico esteve no hospital na semana passada, mas teve de adquirir outra peça e deve retornar amanhã (hoje) para consertar”, afirma. Segundo Silva, quando o defeito foi constatado a direção comunicou às secretarias estadual e municipal de Saúde. “Foi a primeira vez que deu um defeito no tomógrafo do Regional e do Universitário ao mesmo tempo, e por isso o problema foi mais grave”, afirma. Licitação As propostas das empresas interessadas em realizar os procedimentos de tomografia devem ser entregues na Comissão de Licitação da Prefeitura de Campo Grande às 8 horas do dia 14 de agosto. A pasta com os detalhes da licitação pode ser adquirida por R$ 25. Cheade afirmou que os preços cobrados pelas empresas credenciadas não devem ser muito superiores aos valores pagos atualmente aos hospitais, por meio da tabela do SUS. Atualmente, cada tomografia custa aproximadamente R$ 250 na rede pública. A tomografia é um exame mais detalhado do que o raio X. O aparelho gira em torno do corpo da pessoa fazendo radiografias que, posteriormente, são exibidas por meio de imagens computadorizadas. As tomografias são realizadas principalmente em casos de problemas de coluna e doenças neurológicas. (fonte: jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 15.07.2008)

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