Trabalhar como médico em áreas vulneráveis do país dará direito a pontos na prova de ingresso na residência. É o que estabelece o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica, assinado pelos ministros de Saúde e Educação e previsto para ser divulgada nos próximos dias.

O programa quer ampliar a presença de médicos recém-formados na atenção básica da saúde. Pretende, ao mesmo tempo, oferecer apoio acadêmico ao profissional que acabou de deixar a faculdade, explica Mozart Sales, chefe de gabinete do ministro Alexandre Padilha (Saúde).

Segundo Sales, o governo vai custear a supervisão e o aconselhamento desses médicos seja presencialmente ou à distância.

Entidades médicas já criticaram este modelo, no passado, por isolar médicos inexperientes. Para Sales, o problema vai ser superado com a supervisão proposta.

A ideia é acolher no programa 2.000 médicos, 1.000 enfermeiros e 700 dentistas, pagos diretamente pelos municípios. Por enquanto, apenas os médicos terão bônus nas provas de residência, mas estuda-se ampliar para as outras duas áreas.

Uma resolução do Conselho Nacional de Residência Médica, continua Sales, deve ser publicada na sequência, estabelecendo a bonificação: 10% na nota final para quem trabalhar um ano, e 20% para quem trabalhar dois.

Segundo a portaria que institui o programa, quem ficar o prazo máximo poderá se especializar em saúde da família, sob a responsabilidade das universidades públicas ligadas ao programa.

A lista das localidades abraçadas pela proposta e a forma de seleção dos profissionais serão definidos por edital, segundo o ministério. Periferias de regiões metropolitanas e as regiões Norte e Nordeste devem ser os focos.

Sales afirma que o programa terá início em fevereiro e as bonificações já valerão para as provas de residência do final do próximo ano.

Fonte: Folha.com

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