Daniela Rocha A Campanha de Vacinação contra a Rubéola, que ocorre em todo o País, está sendo reforçada em 121 cidades de fronteira. Em Mato Grosso do Sul, seis municípios são alvo da ação: Corumbá (fronteira com Bolívia), Porto Murtinho, Paranhos, Ponta Porã, Coronel Sapucaia e Mundo Novo (todos na divisa com o Paraguai). Segundo o Ministério da Saúde, a preocupação com esses municípios deve-se à alta circulação de pessoas entre os países, o que aumenta o risco de entrada do vírus da rubéola. Conforme a assessoria de imprensa do ministério, o reforço da campanha nas áreas de fronteira ajudará na eliminação da doença nas Américas. A expectativa é beneficiar 140 mil brasileiros que trabalham na Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa, mas vem para o Brasil com freqüência. Além de imunizar os brasileiros que freqüentam outros países, a ação também tem como objetivo atender os estrangeiros (60 mil a estimativa) que circulam no Brasil. Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde, Eugênio Barros, para as cidades de fronteira há uma previsão maior de vacinas e há a obrigatoriedade em se fazer o registro separado de brasileiros e de estrangeiros imunizados. «Se fôssemos cumprir a Constituição restritamente, a vacina só poderia ser dada a brasileiros natos, porém, a demanda existe e não podemos nos negar a fornecer a vacina aos estrangeiros. O registro separado é importante para não alterar o volume de brasileiros vacinados», afirma Barros. Ações Em Corumbá, município a 417 quilômetros ao oeste de Campo Grande, 8.900 pessoas foram vacinadas, o que representa 27,4% da população total (32.461) na faixa etária de,20 a 39 (público -alvo da campanha). Desse total já vacinado, o coordenador do Programa de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde Executiva de Corumbá, Wangley Bento de Campos, estima que 3% (267 pessoas) sejam estrangeiros. «A procura de estrangeiros pela vacina é grande, porque a última campanha na Bolívia foi em 2006″, diz Campos. Pensando na vacinação dos estrangeiros, a Secretaria de Estado de Saúde enviou 33 mil doses da vacina, quantidade maior que o total do público-alvo. O coordenador destaca que, a secretaria não pode fazer ações dentro da Bolívia, mas as doses estão disponíveis em vários locais, assim como no Posto de Saúde Dom Bosco que fica próximo à fronteira. Para aumentar o alcance da campanha, a secretaria organizou equipes que percorrem à noite as escolas e, durante o dia, vão a empresas. As equipes devem começar na semana que vem o trabalho de vacinação em supermercados e na rede hoteleira. Na cidade de Porto Murtinho, a 473 quilômetros a sudoeste de Campo Grande, o trabalho de vacinação está sendo feito apenas nas unidades de saúde. O município faz divisa com a cidade paraguaia de Puerto Palma Chica, mas segundo o secretário de saúde Francisco Souza Neto, a imunização tem sido basicamente restrita a moradores, pois a procura de estrangeiros é pequena . “Os moradores do paraguai são esquecidos pelas autoridades paraguaias. Então, se precisam vacinar temos que atender», destaca Souza Neto. A cidade já vacinou 2.399 pessoas, 55,82% ele 4.298 (meta da campanha). Assim como em Corumbá, a Secretaria Municipal de Saúde de Ponta Porã, município a 329 quilômetros:. sul de Campo Grande, também colocou equipes para realizar a vacinação em escolas, no período noturno e em empresas. «Estamos trabalhando também no comércio, igrejas e os postos estão funcionando até as 20 horas», afirma o secretário de Saúde, Josué da Silva Lopes. Ponta Porã pretende vacinar 22.744 pessoas, mas até agora foram imunizadas 6.987 (30,72%). Segundo Lopes, a cidade recebeu a quantidade exata de vacinas para o público-alvo, porém o governo’ do Estado colocou à disposição mais doses, por conta da procura estrangeira. Doença A rubéola é uma doença infecciosa causada pelo virus togavirus. A doença atinge crianças e adultos mas torna-se mais grave em mulheres grávidas, já que pode causar a má-formação do feto. Os sintomas são dor de cabeça, dor ao ingerir alimentos, dores no corpo, febre, manchas vermelhas pelo corpo e enrijecimento do pescoço. (fonte: jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 21.08.08)

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