Anunciada há uma semana, a resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) que proíbe selos de garantia de sociedades médicas em rótulos de produtos põe fim a um negócio que estava em franca expansão. Várias sociedades emprestavam sua marca a itens alimentícios e de consumo geral e outras estudavam ingressar nesse mercado – que podia se tornar uma boa fonte de recurso para as associações.

Jorge Ilha Guimarães, presidente da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), diz que o dinheiro vai fazer falta.

– Recebíamos cerca de R$ 600 mil por ano nos contratos. É um dinheiro bom, que vai fazer muita falta se for retirado.

Diante da ameaça de perda de recursos, a entidade pediu ao CFM que reconsidere a resolução.

A AMB (Associação Médica Brasileira) também deverá entrar nessa discussão. Na próxima reunião da entidade, agendada para setembro, a diretoria pretende formalizar uma posição sobre o assunto.

José Luiz Amaral, presidente da AMB. diz que o debate é necessário.

– Entendo que médicos podem apontar o que é bom ou não para a população. Mas é preciso debater como e quando isso pode ser feito.

Ele não descarta a possibilidade de a AMB pedir também uma reconsideração do CFM.

– Faremos isso se tivermos boas razões.

Além da SBC, sociedades de pediatria, de dermatologia e de medicina esportiva emprestam seu nome para certificar produtos, que vão de pães a bolachas, passando por hambúrgueres, sapatos, sabonetes e tênis.

Associações de outras especialidades, como geriatria e neurologia, discutiam a possibilidade de partir também para essa atividade. A primeira, para certificar uma fralda geriátrica; a segunda, para capacetes de proteção.

Em geral, todo pedido para concessão de selo é analisado por um grupo de especialistas, recrutado pela associação. Após aprovação, um contrato é feito e a sociedade passa a receber do fabricante.

Fonte: R7

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