O vírus que está assustando o Brasil e o mundo também será tema de debates no I Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina 2016, a ser realizado de 2 a 4 de março, em Natal-RN. O zika vírus, seus efeitos neurológicos e suas implicações na obstetrícia serão assuntos abordados no primeiro dia do I ENCM. Nos dias seguintes, o Encontro também vai tratar da terceirização na saúde, do futuro da medicina na América Latina, da apresentação de contas do Conselho Federal de Medicina (CFM), das ações da Comissão de Assuntos Parlamentares (CAP), da implantação do Sistema de Acreditação das Escolas Médicas (Saeme), do Código de Processo Ético-Profissional e do uso das mídias sociais pelos médicos.

Os debates em torno do vírus terão o objetivo de subsidiar uma recomendação que o CFM vai elaborar em relação ao zika e a microcefalia causada pela infecção. “Estamos sendo cobrados pela sociedade para nos posicionarmos diante de um problema tão grave e o I ENCM 2016 será um momento oportuno para fazermos essa reflexão”, afirmou o presidente do CFM, Carlos Vital Tavares Corrêa Lima, que abrirá o Encontro na manhã do dia 2 de março (quarta-feira). Em seguida, falará Marcos Lima de Freitas, presidente do conselho regional anfitrião, o Cremern.

A primeira conferência terá como tema “Zika vírus e suas consequências”. O conferencista será o coordenador-geral de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Sérgio Nishioka. As consequências do vírus continuarão sendo debatidas na mesa seguinte, que terá como expositores a neurologista infantil do Instituto de Medicina Integrada Fernando Figueira (Imip) Ana Maria Campos van der Linden, que fará uma exposição sobre o diagnóstico da microcefalia por imagem da microcefalia. EM seguida, a apresentação será do professor de clínica médica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Carlos Alexandre Antunes de Brito. O pernambucano mostrará como está a realidade da virose no estado nordestino. Pernambuco apresenta hoje o maior número de casos de microcefalia em bebês em decorrência do zika vírus.

Em seguida, ainda como parte da conferência, Sérgio Nishioka voltará a falar sobre o vírus, abordando a má formação congênita na zika virose. A professora adjunta da Faculdade de Medicina da Universidade de Pernambuco (UPE) Maria Luíza Bezerra Menezes discorrerá sobre as implicações da zika virose na obstetrícia.

A primeira atividade do horário da tarde do dia 2 de março será um debate sobre a terceirização da saúde. Os palestrantes serão o diretor-geral da Confederação das Santas Casas de Misericórdia,Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), José Luiz Spigolon, o 2º Secretário do CFM, Sidnei Ferreira.

Na manhã do dia 3 de março (quinta-feira), as atividades vão começar com uma conferência sobre “O futuro da medicina na América Latina”. O conferencista será o secretário-geral da Confederação Médica Latino-Americana e do Caribe (Confemel), Gerardo Eguren. Em seguida, serão debatidos os problemas e soluções do exercício da medicina na América Latina, coordenado pelo conselheiro do CFM e 1º vice-presidente da Confemel, Jeancarlo Fernandes Cavalcante. Também serão expositores, o vice-presidente da Federação Médica da Colômbia, César Augusto Prieto Ávila e o presidente do Colégio Médico de El Salvador, Juan Antonio Tobar Rivas. No horário da tarde, serão apresentadas as contas do CFM de 2015. Em seguida, será apresentado o relatório da Comissão de Assuntos Parlamentares (CAP).

A evolução do Sistema de Acreditação de Escolas Médicas (Saeme) será apresentada, na manhã do dia 4 (sexta-feira) pelo vice-presidente do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC), Armando José d’Acampora. Em seguida, o coordenador da Comissão de Acreditação do Saeme, professor Milton de Arruda Martins, dará uma conferência sobre o andamento do processo de acreditação das escolas.

Ainda na manhã de sexta-feira, será realizado um debate sobre o Código de Processo Ético e Profissional (CPEP) e as Comissões de Ética dos Estabelecimentos de Saúde. Os expositores são o corregedor do CFM, José Fernando Maia Vinagre e o coordenador jurídico do Jurídico do CFM, José Alejandor Bullón. Na ocasião, o corregedor vai apresentar uma proposta de resolução alterando o CPEP. “O nosso código de processo ético foi elaborado há algum tempo e entendemos que deve ser modernizado. Durante o I ENCM 2016 vamos abrir a proposta que elaboramos para o debate e ouvir as sugestões que serão feitas”, adiantou José Fernando Maria Vinagre.

No período da tarde, o debate será sobre “Ética e outros cuidados no uso de redes e mídias sociais por médicos”. Os expositores serão o 3º vice-presidente e diretor do Departamento de Fiscalização, Emmanuel Fortes Cavalcanti e o membro da Comissão para Integração do Médico Jovem do CFM, Fernando Carbonieri.

Antes da realização do I ENCM 2016, no dia 1º de março, será realizada uma reunião com os presidentes de todos os Conselhos Regionais de Medicina (CRM) com o CFM. Nesta reunião serão definidas estratégias de atuação para o ano de 2016. 

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